Homem quase morre espancado após acusação injusta
Diário do Pará
Sexta Feeira, 03/10/2008, 16:22h
O técnico
As marcas deixadas pelos golpes sofridos doíam menos que a vergonha da acusação infundada, lamentava o técnico. Morador a mais de 14 anos da rua Beira-mar, do bairro da Nova União, ele se sentia revoltado, assim como toda a sua família pelo que aconteceu.
Randel contou que na tarde de ontem ele foi com seu pai realizar um serviço no bairro do Umarizal,
No trajeto ele relata que entrou em uma área de mata para fazer necessidades. “Fui para defecar. Tenho dificuldade para usar banheiro. É costume de interior”, justificou. Mas quando estava no local, uma mulher o viu e o acusou de estar se masturbando e observando dois meninos que brincavam às proximidades.
O delegado Álvaro Silva, da Delegacia de Decouville, confirmou a história e acusação feita. “A jovem o acusou e começou a gritar, sem necessidade, pois nada havia acontecido. Mas aí começaram a aparecer populares e passaram a espancar o rapaz”.
A partir desse momento o ato de pura barbárie quase acaba
LUTA - De porte físico avantajado, Randel chegou a lutar com alguns agressores, mas dada a grande quantidade de pessoas que o espancavam ele saiu correndo para escapar da população. “Levei uma pedrada na cabeça e fiquei zonzo. Levantei-me e corri, mas aí me acertaram novamente”, recorda.
Na fuga ele acabou subindo em um palanque que estava armado às proximidades da BR-316, onde seria realizado um comício, mas foi alcançado. “Só umas quatro pessoas saíram em minha defesa”, lembra.
O técnico conseguiu chegar à casa de um conhecido e entrou para pedir ajuda. Os populares que o perseguiam tentaram invadir a casa, mas foram contidos pelo proprietário. “Não fugi do local, pois não tinha razão nenhuma para fugir, como eu disse depois ao delegado.”
A população furiosa só se acalmou com a chegada da polícia ao local. Randel foi retirado do local e levado para o Hospital Metropolitano, onde foram feitos os curativos na vítima. Ele sofreu lesões na parte de trás da cabeça onde levou vários pontos, escoriações no peito, rosto e braços.
O delegado Álvaro Silva informou que Randel passou de acusado, injustamente à vítima. “Orientei o rapaz para que ele fizesse um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência), para punir as pessoas que fizeram isso com ele”. (Márcio Souza Cruz / Diário do Pará)
Sábado, 04/10/2008, por Dario Mercês
A população já anda apavorada de medo com a violência, e diante da inoperância do Estado ocorre justamente isso, o "julgamento prévio", o direito de punir da sociedade.
Sábado, 04/10/2008, por diornes
ser acusado injustamente é mais que vergonhoso e doloso! o que a policia tem que fazer agora,é prender essa mulher que provocou essa tortura num trbalhador.e talves ela seja cumplice de algum marginal

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